► If i can't fly, i don't want to - 2010



If i can't fly, i don't want to // Óleo s/tela // 2010




If i can't fly, i don't want to

in, If I can't dance, I don't want to be part of your revolution 


24 Jun a 31 Jul, 2010
Plataforma revolver
Lisboa

Curadoria: Alice Geirinhas







If i can't fly, i don't want, II // Tinta da china s/parede // 2010



"Alice Geirinhas, Ana Pérez-Quiroga, Cristina Mateus, Isabel Ribeiro, Nuno Ramalho e Susana Chiocca são os artistas que compõem a exposição “If I Can't Dance, I Don't Want to be Part of your Revolution”. Seis artistas, três nascidos na década de 60, três na de 70 e de duas cidades, Lisboa e Porto que se reúnem a convite de Alice Geirinhas para pensarem sobre revolução, anarquia, utopia e arte tendo como livro de cabeceira o ensaio biográfico da investigadora Clara Queiroz sobre a anarquista oitocentista Ema Goldman. Revolucionária, contestatária, oradora carismática e editora da revista Mother Earth, Emma lutou toda a sua vida pelos direitos dos trabalhadores, das mulheres, dos homossexuais, pela liberdade sexual, controlo da natalidade, maternidade voluntária e contra a natureza repressiva do estado e da religião. As suas ideias foram recuperadas pelas feministas americanas e canadianas dos anos 70 do séc. XX e a sua frase que dá título a esta exposição, tornou-se num slogan das manifestações feministas, gritado e impresso em faixas e t-shirts.

Emma poderia ter sido uma das activistas da revolução de Maio 68, uma miúda flower power a reivindicar pela paz, pelo direito ao sexo livre e pela pílula, uma amiga de Malcolm McLaren e da Vivienne Westwood no punk londrino, ou uma estudante lisboeta e revolucionária de 74 – as revoluções estético-ideológicas que marcaram as décadas em que os seis artistas nasceram.

If I Can't Dance, I Don't Want to be Part of your Revolution, reflecte sobre a arte, o que é, onde está e para onde vai, de um modo artisticamente incorrecto no sótão de uma galeria lisboeta."

Folha de sala
Alice Geirinhas, 2010


Fotografia: Vera Marmelo